"O importante não é acrescentar anos à vida mas sim vida aos anos"





Este blog surge da iniciativa de um projecto realizado pelas alunas da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso ( Eugénia Cunha, Isabel Baroso e Liliana Pereira), no âmbito da Área de Projecto.

Escolhemos este tema , com a particularidade de dar a conhecer aos habitantes do nosso concelho quais são as realidades em que vivem os idosos povoenses, tendo em atenção os obstáculos e ás escassas ajudas que confrontam diariamente.

Procuramos lançar aos idosos a proposta de um sorriso no meio de toda a solidão em que na maior parte dos casos vivem, sentindo-se excluídos, tornando-se num aparte no mundo. Porque “o tempo gasto passivamente e sozinho é o tempo que é vivenciado com mais solidão” (Holzschuher, 1984).



Agradecemos a sua visita :)







Entrevista à D. Adelaide (idosa)


1. Qual a sua opinião acerca da relação dos jovens com os idosos?

É muito diferente… Antigamente, eles trabalhavam muito, agora a juventude não faz nada… Bem, quase todos… São mais preguiçosos. Estão sempre a ver televisão e no computador. Não se interessam muito com os idosos.

2. O que pensa das mudanças que estão a correr na sociedade?


No meu tempo a pobreza era imensa. Mas, actualmente, a vida está muito difícil. As pessoas não querem trabalhar, só querem descansar… Por exemplo, tenho um filho que não quer trabalhar e eu tenho que o sustentar…


3. Faz alguma actividade física ou manual? Qual?


Sim, no centro Teresiano de Verim. Faço fisioterapia, e gosto Tem-me ajudado muito… As minhas amigas do grupo, também, estão contentes, já conseguem fazer com mais facilidade certos movimentos. E, também, faço lá trabalhos manuais.

4. Frequenta algum grupo de convivência? Qual?


Sim, o Centro Teresiano e Social de Verim.


5. Costuma sair sozinha ou acompanhado? Quem o costuma acompanhar?


Sim, acompanhada com as funcionárias do Centro de Monsul.

6. Qual foi momento mais feliz da sua vida?


Tive muitos… Os melhores momentos foram o dia do meu casamento e ser mãe… Tive 11 filhos… Foi difícil de os criar, mas desde cedo eles trabalhavam numa quinta para haver pão na mesa ao fim do dia…


7. Qual a profissão que executou?


Foi agricultora… Durante a minha infância, eu não tomava o pequeno-almoço quando ia para a escola… Depois de esta terminar eu ia trabalhar para o campo… Almoçava muito depressa. Não tinha tempo para brincar…


8. Sente-se amado pela sua família? Qual a sua importância dela para si?


Não muito, a família que mais me ajudava já faleceu… Agora, a minha família tem outras preocupações, são muito ocupados…


9. O que acha do trabalho do centro Social e Paroquial?


Acho que o trabalho desta instituição é muito bom. Facilita o trabalho aos velhotes dando auxílio nas tarefas onde têm mais dificuldades.